quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Amanhecer - Parte 2



 Muitos, muitos (muitos mesmo) spoilers nesta postagem !!


Foi emocionante poder finalmente assistir ao filme Amanhecer, o final. Mas foi de certa forma doloroso também. Uma dor antecipada já na ida para o cinema, só de saber que era o fim.
Mas estava já ansiosa pra escrever minha crítica sobre o filme. Então, vamos a elas ?

Depois de 4 filmes, é incrível que somente agora, assistindo ao quinto, na finaleira, finaleira do filme, eu finalmente entendi algo sobre os filmes acerca da Saga que até então eu não havia captado: os filmes não foram feitos para o público em geral ... eles foram feitos para os fãs, para os leitores da Saga. Não sei se estou sendo tão tola ao fazer uma afirmação que pode parecer óbvia para alguns ... mas eu sinceramente até então não tinha me dado conta disso. E é inacreditável, mas me dei conta disso literalmente aos 45 min do segundo tempo ... me dei conta disso ao refletir sobre a última cena do filme, a última cena na campina. 

É claro que o filme visava os fãs da saga. Claro que não poderia ser diferente. Mas até então eu não me dera conta de que não havia uma preocupação especial em contar algumas coisas para quem não leu os livros. Oras, eles entenderiam a cena e ponto final ... toda a história, tão profunda, tão intensa, tão emocional (ou tão racional) por trás ... seriam as cerejas pertencentes somente aos twiligters.

Quero dizer, eu sempre fazia minhas reflexões sobre cada volume da Saga, bem como sobre cada um dos filmes. Sentia tanta falta de algumas cenas, de algumas explicações. Ficava chateada ao me dar conta que quem não leu, não entenderia a fundo tal ou tal coisa. Quando vi aquela cena da Bella abrindo seu escudo, para que o Edward pudesse ler seus pensamentos ... ao me dar conta, que na cena não é explicado o que aconteceu, como ela fez aquilo ... porque ele conseguiu ler ... entendi que era uma cena (tão importante) feita para os leitores. Nunca houve uma real necessidade de explicar certas coisas ... e é claro, que eu sentia falta de algumas coisas, mas mesmo assim sempre tendo noção de que seria impossível fazer mais do que foi feito ... afinal, o filme não pode durar 4 horas rsrs. Mas por vezes pensava: oras, só 20 minutos a mais, que coisa boa seria hein ?! Mas qual o custo envolvido em 20 minutos a mais, não é mesmo ?
O fato é, que eu amei o final. Amei mesmo ! Amei porque a história é fantástica; oras, como poderiam não ter feito um filme belíssimo, como tudo que já víramos antes ? Ainda assim, tenho minhas críticas, e vou expô-las nessa postagem. Mas que fique claro que isso não tira pra mim o brilho do filme, muito menos a beleza da história.

Eu já falei no Blog Toque de Pimenta sobre o quanto eu amei o volume Amanhecer. Você pode ler minhas impressões sobre o livro clicando aqui  (lá encontrará também links sobre minhas impressões sobre os outros volumes da saga). Mas justamente em função disso, eu esperava muito do filme. Acho que uma consideração importante é que como o livro foi repartido em duas partes, faltou nesse muito de um tempero presente em todos os livros e filmes: a intensidade emocional. Infelizmente, em Amanhecer 2, se perde muito, muito, muito em emoção. Digo, há a emoção da adrenalina, do suspense, da ação. Mas falha no quesito: emoções mais humanas mesmo. Mas não é dificil entender porque isso acontece no filme:  a primeira parte do livro é mais emocional mesmo. Porisso Amanhecer 1 não peca nesse quesito, pois transportou pra dentro da tela parte dos sentimentos, que são tão ricos na metade inicial do livro. Segundo, porque há tanto pra ser contado em Amanhecer 2, que é justamente a parte mais alucinante daquela corrida maluca pros Cullen tentarem se proteger dos Volturi, que não havia mesmo muito espaço pra cenas demasiadamente sentimentais. Tudo bem, isso não é grave. Aceitamos isso, pois o livro realmente é dividido nessas duas partes e seria impossível retratar o livro inteiro em 2 horas e meia que fosse. Portanto, partí-lo ao meio, foi muito acertado. Mas havia algo forte de emocional na segunda parte do livro, que falhou em Amanhecer 2: no longa final não é possível captar, nem de longe, nem nas nuances ... o imenso "terror e pânico" que rondava cada um dos Cullen acerca da vinda dos Volturi. A única cena que transmite a certeza da morte, e por Deus, é uma cena maravilhosa ... é a cena em que Bella volta da viagem onde recebeu a encomenda (passaportes) e vê de longe Edward abracando a Nessie. Aliás, tanto essa cena, como a maravilhosa cena quando ela abre o envelope e vê os 2 passaportes, são muito intensas, magníficas. Foram momentos de desespero e dor diante da realidade futura exposta, mas que só dilaceram a Bella. Não atinge os outros. A angústia permanente que rondava a casa dos Cullen, aquela sensação de morte iminente, não é possível ser detectada no filme com o fervor que aparece no livro. E é minha única crítica realmente grande, pois acho que era um sentimento que não poderia faltar.


Outra crítica, que também tem seu grau de importância, mas que jamais desmerece o filme: eu esperava muito, muito, mas muito mais da cena da caçada da Bella. Eu gostei da mudança em relação ao alpinista. Mas do mais, a cena toda em si, eu esperava mais. Esperava que fossem ser cenas mais fortes e que fizessem a gente arrepiar. Esperava acima de tudo mais beleza nas cenas. Foram cenas muito boas, mas muito abaixo do livro e acima de tudo muito abaixo da expectativa que cerca você pensar em como seria Bella descobrindo seus poderes e fazendo sua primeira caçada.  Deixa eu fazer um paralelo: há uma cena no filme Crepúsculo que não tem no livro e é com certeza uma das cenas mais lindas e emocionantes dos filmes: a cena de Bella e Edward na copa das árvores. A intensidade do fundo, as cores, a música, tudo ... evoca uma sensação de plenitude. De que não era preciso mais nada pra fazer daquelas, cenas perfeitas. Foi isso que faltou na caçada de Bella: a sensação de plenitude de uma cena perfeita.



Feitas essas considerações, volto a frisar que Amanhecer 2 não me decepcionou. São pequenos detalhes, perto da imensidão da história. Amei o final .. amei a escolha de cada ator, com apenas uma exceção. A única que nunca me convenceu muito foi Nikki Reed (Rosalie). Acabei aceitando as caras e bocas dela, mas a interpretação sempre deixaram a desejar. Alguns atores, embora muito diferentes daquilo que imaginei deles nos livros, se mostraram bastante convincentes e me agradaram, como o ator Justin Chon (Erik) e Christian Serratos (Angela). Normalmente fico um pouco com o pé atrás quando os personagens se saem muito diferentes visualmente e em atitude daquilo que eu esperava deles. Mas achei ambos perfeitos em seus papéis. Ah, e é claro, não poderia deixar de citar Peter Facinelli (Carlisle). Quando assisti Crepúsculo, achei que Facinelli havia sido uma péssima escolha por destoar tanto daquela imagem de "o médico mais lindo do mundo", que foi a impressão de Bella ao conhecê-lo (livro). Mas no final do primeiro filme, aceitei sua presença, embora ainda achasse que um ator mais bonito deveria ter feito o papel. Em Lua Nova não existem mais dúvidas, foi a escolha certa para o papel certo. Hoje não conseguiria aceitar que outro rosto encarnasse o papel de Carlisle. Engraçado que ele não foi o ator escolhido originalmente para fazer o papel. Li que quando ele fora dispensado pois haviam achado outro ator mais apropriado, ele chegou a enviar um livro sobre vampiros para a diretora, mencionando esperar que no futuro pudessem ter a oportunidade de trabalhar juntos. Pois o ator orignalmente escalado (não consigo lembrar o nome), com problemas de agenda acabou ficando de fora de Crepúsculo. O resultado foi o que foi. Maravilha !

Outra escolha inusitada pra mim, foi da atriz pra fazer a Renesmee. Não sei se deixei passar algo batido, ou se realmente fica claro no livro que a criança ainda aparentaria muito menos idade do que a linda garotinha Mackenzie Foy. Mas depois de acostumada com a idéia, achei a criança até que adorável. Além do mais, bateu perfeitamente com a belíssima atriz que fez a Renesmee adulta, namorandinho com Jacob.

Outro elogio que não poderia deixar de fazer é à trilha sonora. E de tudo, não há nada tão lindo e perfeito como a música ao piano tocada quando Bella remonta na cabeça sua trajetória, suas memórias de Edward, suas memórias da vida passada .... ou na cena em que seu corpo vai sendo inundado pelo veneno. Me arrepio só de pensar na música. Penso nela, e lembro das cenas. Dá um aperto no peito.

E parabéns pela cena épica da luta que nunca ocorreu. A dor pela morte de Carlisle é tão intensa, que enquanto a luta ocorria, eu ainda pensava nele com essa dor. Confesso que só me dei conta que a cena era irreal quando Jasper morre. Foi então que tive (quase) certeza. Esse quase tornou tudo emocionante até o final da cena. Eu dizia pra mim mesma, não pode ser, é irreal, será irreal, como quem implora pra acordar de um pesadelo e olhar pros lados e ver que está tudo bem. No entanto, até você acordar, a certeza de que é apenas um pesadelo não acontece. Fica aquela pontinha angustiante, que não nos livra de sentir tudo que é vivenciado, ainda que de forma mentirosa. E com certeza surpreendeu muitas pessoas, pelo que tenho lido e ouvido por aí. Todos os filmes da saga merecem inúmeros elogios e créditos por terem incluído tão poucas mas maravilhosas cenas, tão bem elaboradas e acertadas, sobre situações que não estavam nos livros.



Enfim, mas agora acabou-se. Não vejo a hora de poder comprar o dvd e poder assistir e assistir novamente Amanhecer 2. Com certeza é um filme que merece ser visto muitas vezes. E eu não me importo com o que a crítica diz. Podem questionar o quanto quiserem, eu vou continuar tendo meus surtos adolescentes e amando a Saga e seu casal maravilhoso, FOREVER.


domingo, 25 de novembro de 2012

O Pianista

Eu sou aficcionada por filmes de guerra. São filmes que comumente me fazem muito mal, me trazem um certo sofrimento (ou muito), mesmo assim não posso deixar de assistí-los. Sei lá, acho que sou meio sádica né.

Mas hoje assisti o filme O Pianista. É um filme que aborda a perseguição nazista na Polônia, ou seja, a matança promovida pelos nazistas contra os judeus. É um filme bem doloroso, sofrido, intenso.

As cenas mais difícieis de "digerir" são as cenas de fome. São de chorar. Não que as cenas de matança não sejam cruéis e difíceis. Mas por vezes, sujeitar as pessoas a certas situações de humilhação, depravação, constrangimento, pode ser mais cruel que a própria violência física. A fome mostrada no filme é a imposição de uma forma de morte lenta e cercada de descaso. Ultrajante. A cena que mais me emocionou no filme é quando, já em fuga e escondendo-se por apartamentos, becos e esconderijos, ele é em determinado momento ajudado por um casal, e quase desmaiando na sala pede por um pedaço de pão.

Você não precisa gostar de filmes de guerra pra curtir esse filme. Ele não é um filme sobre guerra. Ele é um filme sobre sobrevivência, solidão e perseverança. A interpretação é estupenda. O cenário, belissimamente bem montado. É possível sentir a tensão e o medo constante de Szpilman. 

O filme é baseado em uma história real. Quero dizer que há nomes verdadeiros e histórias verdadeiras relacionadas especificamente ao roteiro do filme, em parte. Mas é estranho dizer isso quando se trata de um filme sobre a segunda guerra mundial e o nazismo. Afinal de contas, as tragédias vividas nesses filmes podem não ter acontecido exatamente como filmado ... mas o fato é que tantas pessoas foram assassinadas cruelmente, que sobram histórias terríveis que envolvem essas mortes. Todas essas pessoas tinhas histórias. Provavalmente a maioria delas merecia ser contada. Muitos, com lindas histórias. Muitos, com histórias absolutamente comuns ... vidas maravilhosamente comuns.

Alguns podem se sentir sensibilizados pela atitude do capitão Wilm Hosenfeld. Ok, eu admito, ele foi fundamental para que Szpilman não minguasse até a morte. No entanto meu sentimento de compaixão por ele e seu desfecho não são tão favoráveis (mesmo com aquele rostinho lindo e perfeito sendo tão querido com Szpilman rsrs). Mas falando sério, eu fiquei um pouco incomodada com ele: teria ele naquele momento noção do que o nazismo estava fazendo ? foi realmente um ato de arrependimento sobre a dor provocada ? uma solidariedade pelo ser humano à sua frente ? ou teria ele sentido compaixão em função meramente do talento de Szpilman ? Poderia ele pensar sobre quantos outros grandes talentos foram disperdiçados, assassinados na guerra. Mas e a sensibilização acerca daquele judeu com sua história absolutamente comum, que mencionei antes ? Quantas vidas, maravilhosa e absurdamente comuns. Seria alguma delas também merecedora da piedade do capitão ? Sendo um cidadão comum, sem uma história, sem um talento especial, escondido naqueles escombros ... qual seria a reação de Wilm ? Talvez não o matasse. Talvez sim. Talvez fosse embora e o deixasse pra trás, sozinho com seu enlatado impenetrável. Quem vai saber ?
Um outro ponto a ser pensado, é que o capitão Hosenfeld se deparou com Szpilman quando a derrota já era bastante iminente. Ele mesmo disse: "- você só tem que aguentar mais algumas semanas". Os russos estavam do outro lado do rio. Teria ele acobertado e ajudado o pianista 1 ano antes, quando a derrota não beirava sua porta ? Portanto, não fico tão sensibilizada com o capitão. Quando Szpilman foi atrás dele, torci sim para que o encontrasse. Queria muito que Szpilman o ajudasse, o libertasse, fosse importante para ele também. Acima de tudo como forma de bradar a vitória para a dignidade humana. Aquilo que nos faz realmente humanos.


Ficha Técnica:

Diretor: Roman Polanski
Elenco: Adrien Brody, Emilia Fox, Michal Zebrowski, Ed Stoppard, Maureen Lipman, Frank Finlay, Jessica Kate Meyer, Julia Rayner, Wanja Mues, Richard Ridings, Nomi Sharron, Anthony Milner, Lucy Skeaping, Roddy Skeaping, Ben Harlan.
Produção: Robert Benmussa, Roman Polanski, Alain Sarde
Roteiro: Ronald Harwood
Fotografia: Pawel Edelman
Trilha Sonora: Wojciech Kilar
Ano: 2002
País: Reino Unido/ França/ Alemanha/ Polônia
 

 
 


 
 


 
 
E confira aqui o trailer do filme:
 
 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A Conspiração


Dica do dia: Fuja, fuja, fuja ! A Conspiração é um monte de baboseira. Não sei como consegui assistir 1 hora de filme ... acreditem, com cerca de 15 minutos você já sabe que é lixo e fica tentado a desligar. Me lembrou daquele filme que o carinha fica o filme inteiro preso numa cabine telefônica senão o psicopatava vai matar todo mundo...  só que aquele é mais ou menos umas 500 vezes melhor. Pra vocês terem uma idéia do bagaço ! Enfim, neste ele fica o filme todo ... ou pelo menos o tempo que aguentei assistir, presumo que o filme todo ... preso num porta-malas. Desde o início do filme ! Extrema contenção de despesas. Conseguem imaginar um filme inteirinho sendo rodado no interior de um porta-malas ? Aham, pois eu fico tentando imaginar quanto tempo esse ator teve que ficar todo esprimido num cantinho escuro pra gravar isso. Será que no meio do caminho ele não notou no que ia dar isso ? Aliás, não deu pra notar já desde quando leram o roteiro ? Lixo cinematográfico !

Portanto, arranca esse dvd do seu aparelho e vá ler um livro. Ou dormir. Ou olhar a chuva. Jogar dominó. Enfim, até o Faustão você pode aguentar no lugar disso.

Ficha Técnica Super Resumida
 
Título: A Conspiração (Brake)
Elenco: Stephen Dorff, Chyler Leigh, Jr Bourne
Diretor: Gabe Torres
Roteiro: Timothy Mannion
Ano: 2012
País: EUA
 
 

domingo, 18 de novembro de 2012

Bonequinha de Luxo

Quem mais leva tanto tempo pra resolver assistir à um clásico como este ?

Pois foi o que fiz nesta tarde enfadonha. Em primeiro lugar fiquei imensamente surpresa ao saber que o título original é "Breakfast at Tiffany's", ou melhor dizendo "Café da Manhã na Tiffany's".

Nós conhecemos tantas imagens de Audrey neste filme, mesmo nunca tendo assistido à ele. Acima de tudo não pelo filme em si, e sim pelo figurino da personagem. E era tudo que eu sabia, sobre a figura icônica que ela se tornou em função justamente do seu vestir. Mas nunca poderia imaginar do que se tratava o filme ... não sei porque não, com um nome tão sugestivo.

Assim como vemos em muitos clássicos há um toque de humor escrachado que eu não tolero muito bem. Não é assim tão fácil me fazer rir ! rsrs ... sério, não gosto de comédias, de forma geral. Mas tudo bem, eu entendo que fazia parte de muitos filmes da época.

Mas é um filme delicioso de assistir. Ela é realmente tão meiga, tão fácil de conquistar a gente. Impossível vê-la como uma prostituta. Só consigo enxergar sua alma excêntrica, livre e acima de tudo tão autêntica. Mesmo quando cruel, na sua maneira tão verdadeira de se comportar ... A sua ambição é tão grande quanto sua inocência.

E é incrível como ela, daquele jeito louco e naquela vidinha num apartamentozinho decadente, transmita tanto glamour.

É difícil falar dele. Quando assisti o filme, dei meu ok pra ele. Assistindo aos extras, vi que o diretor nunca ficou contente com o ator escolhido. Mesmo anos depois. Agora, quando escrevia sobre o filme, ficou claro porquê. Introduzi este parágrafo no meio do texto, somente pra fazer essa nota. Mas a princípio eu nem ia falar dele. E ele não é ruim, como eu disse, está ok. Ele tem presença e acho que fez o excelente papel de amigão bobão. Não no sentido de amigo bobo, mas de: o amigão mesmo e do bobão que tá babando de amor pela louca desvairada, rsrs. Duas coisas separadas. Mas realmente, nem o ator nem o personagem se destacam muito.

Gostei do filme. Ele não tem nada de fenomenal mas é aquele perfeitinho romance de antigamente. Confesso que até chorei na finaleira do filme, achei a cena do "gato" tão linda. É engraçado como esses filmes não tinham grandes produções, eram pura emoção e muitas falas e falas ... e canções ... e havia uma pureza nas histórias de forma geral. Será que no fundo é o que queremos ? Quanto a mim, acho pouco provável ... eu adoro as grandes produções, as tramas, as incógnitas, os fatos inesperados. Ainda assim, mesmo desprovido de tudo isso, Bonequinha de Luxo é um filme de encantamento. Não no luxo, não no glamour, não na sua vida cheia de homens e festas ... o encantamento puro pela simplicidade e pelo amor.

Ficha Técnica Resumida:

Título Original: Breakfast at Tiffany's
Diretor:  Lee Strasberg
Elenco: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal.
Roteiro: Truman Capote (romance original) e George Axelrod (adpatação roteiro)
Ano: 1961
País: EUA 
Gênero: Romance

Algumas considerações:
Recomenda: é um clássico que merece ser visto
Ponto alto do filme: Cena da chuva
Ponto baixo do fime: as cenas com o oriental, em especial a primeira cena que ele aparece. Desnecessário.
Extras do DVD: têm alguns, bem bacanas. Gostei do extra sobre a trajetória dela como símbolo icônico e a parceria com Givenchy;  também do que fala um pouco da história da Tiffany's; É uma pena que seja cada vez mais difícil encontrarmos dvd's com extras. Me surpreende que o de Bonequinha de Luxo tenha sido lançado com alguns, de forma que mostra que há uma imensa má vontade ao não incluir em títulos recentes.














sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Búhhh ! Quem tem medo dos filmes de terror ?

Não sei explicar o motivo macabro pra isso ... mas o fato é que eu nunca gostara de filmes de terror no passado ...  e agora, eu simplesmente gosto ! Eu disse gosto ! Não é nenhuma adoração, nem algo que eu fique alucinada pra assistir.

Sei lá quando isso começou ... Bom, não posso dizer que não cheguei a detestar estes filmes no passado, pois eu assistia sim alguns ... lembro da minha época de criança, adolescência, sei lá eu dizer bem quando ... ahh lembro dos filmes Sexta-feira 13, que eu adorava. Ficava morrendo de medo depois mas adorava assistir. Ahh e que falar de Tubarão ? Nossa, um clássico, dos melhores até hoje. Cansei de ver e rever e triver e tatataraver com tantas reprises que a Globo fez.

Mas aí aconteceu o pior: o Exorcismo ! Assisti uma ou outra vez, não lembro quantas ... e foi muito, mas muito chocante pra mim ... acho que foi depois disso que parei de ver filmes de terror. Passei a ter medo de verdadeiramente me impressionar e novamente ficar tendo pesadelos e medo pra todo sempre. Depois disso, poucas vezes assisti filmes de terror, daqueles terrorzão mesmo .. um que outro. Voltei a me interessar quando assisti Pânico ... passei a acompanhar alguns. Curti pra caramba. Mas aí aconteceu o realmente improvável ... foi lançado um dos filmes de terror mais bestas de que se tem notícia: Anaconda ! E não é que o dito me conquistou ? Pode isso ? afhhh, afinal não é a toa que  alguns considerem Anaconda mais uma comédia né, rsrs ... e eu entendo isso. ... mas enfim, depois disso cada vez meu interesse pelos filmes de terror crescia mais. Veio então Lendas Urbanas, Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, O Chamado, Jogos Mortais. Aliás, Jogos Mortais está entre os meus favoritos de terror. Ainda O Grito, A Casa de Cera. Enfim ... foram alguns dos que me fizeram rever meus conceitos sobre os filmes de terror.

Claro que eu ainda peco asssitindo porcarias totais, como O Nevoeiro ou Piranha. Mas ainda assim, por incrível que pareça .. eu tenha plena consciência que estou assistindo um monte de baboseira mas não consigo deixar de ver. Mas de forma geral, eu não costumo assistir as porcarias totais, eu me concentro só nos "terror só porcaria" mesmo hahaha ... Não espere por uma listinha de filmes clássicos e realmente bons do passado. Não, muito deles eu não assisti. E falando em filmes do passado ... até hoje não consegui mais assistir o Exorcismo. E há poucos dias atrás, mudando de canal me deparei com O Exorcismo de Emily Rose ... tentei assistir e não rolou ... logo mudei novamente de canal, toda estremecida de medo hehe. Vai entender !!!

E quem mais gosta de filmes de terror ?


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

RIP: Michael Clarke Duncan

É com tristeza que retomo as postagens: a notícia da morte de Michael Clarke Duncan, o ator grandalhão de "À Espera de um Milagre".



O ator norte-americano morreu neste 3 de setembro, aos 54 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas ele teria tido um enfarte em julho último e estava internado em Los Angeles. 

Duncan ficou conhecido por interpretar o personagem John Coffey em "À espera de um milagre" (1999), ao lado de Tom Hanks. Aliás, um grande filme, com excelente atuação de ambos.
O papel lhe valeu uma indicação ao Oscar, mas ele perdeu para Michael Caine, por "Regras da Vida".
Depois de "À Espera de um Milagre", ele ainda atuou em filmes como "O Planeta dos Macacos" (2001) e "Sin City" (2005).
Antes de ser ator, Duncan trabalhou como segurança e stripper. Só estreou no cinema com quase 40 anos, fazendo uma ponta não creditada na comédia "Sexta-Feira em Apuros".
Duncan tinha o apelido de "Big Mike", por causa de seu porte físico avantajado - 1,96m de altura e em torno de 140 quilos.


 Confira algumas cenas do filme À Espera de um Milagre:







quinta-feira, 26 de abril de 2012

Abstinência de Cinema

Muita saudade de pegar um cineminha, mas a vida tem sido corrida. Fico um pouco perdida nesta cidade (Foz) que pouco oferece em matéria de filmes. Fiz neste período duas viagens rápidas pra Sampa e uma pra PoA só que lá tinha também tanta coisa pra fazer, que não deu tempo pro cinema. O dia que estava pra ir ver Xingu em Sampa, fomos pegos de surpresa pelo tal "rodízio dos carros" e minha amiga não pode sair tão cedo de casa, de forma que acabei não assistindo. Não tenho muita esperança que Xingu brotará na telona daqui. Mas ... vamos ver ...

domingo, 18 de março de 2012

Um Sonho Possível


Locação bem acertada.
Não consigo começar esta postagem sem comentar antes: Eu nunca iria imaginar que as palavras oscar, melhor atriz, Bullock, pudessem estar todas juntas na mesma frase algum dia ... mas tive que me render, pois Sandra Bullock teve uma atuação excelente neste filme. Claro que eu não posso simplesmente ignorar minha implicância com ela e deixar de mencionar que o fato dos “trejeitos faciais” tão presentes na atriz casaram perfeitamente na personalidade da Leigh Anne, a personagem que ela interpreta no filme.
Mas e quanto ao filme, vale a pena ser visto ? sim, sim, sim. O filme é emocionante. Eu adoro estas “fábulas da vida real”. De certa forma, na verdade muitas formas, Leigh Anne faz com que eu me sinta um mísero grãozinho de areia, uma pessoa tão ... pequena. Uma história absolutamente linda. As fotos do verdadeiro Michel Oher no final do filme fecham com chave de ouro. Inspirador. Você não precisa necessariamente salvar uma pessoa, ou mesmo fazer algo tão grande quanto Leigh Anne fez. Devemos lembrar disso, do quanto fazer o bem traz um retorno gigantesco para todos ligados ao ato. Inspirador em relação a fazer o bem acima de tudo.

Sugiro que assista, reflita, seja sincero consigo mesmo. Você seria capaz de fazer isto ? Seria capaz de se despir dos preconceitos, e levar um “gigante de 17 anos” para dormir no seu sofá ? Seria mesmo capaz de lutar por ele ? Querer tanto o bem dele simplesmente porque é o certo a fazer ?
Mas quantos Michels existem na nossa vista, no nosso bairro, na nossa cidade ? O que você poderia fazer por um deles ?  Nem todos precisam de tanto quanto Michael Oher (Quinton Aaron) precisava. Talvez um brinquedo, uma mochila, uma oportunidade, talvez apenas um incentivo, orientação, rir, ser ouvido, ajuda nos estudos, sentirem que alguém se importa ... o que mais ? Você só vai saber, se olhar/ouvir esta pessoa.

Oras, pode não ser o melhor filme do mundo. Mas sabe, estes filmes, que tem esta imensa capacidade de nos fazer refletir sobre o ser humano, nossas atitudes, o certo ou errado ... são filmes que pra mim merecem um lugar especial na nossa lista de filmes que merecem ser vistos e recomendados.
Veja. Recomende para outros. Reflita. Recomende que reflitem. Dissemine o amor.

Ficha Técnica Resumida:

Título Original: The Blind Side
Diretor: John Lee Hancock
Elenco: Sandra Bullock, Tim McGraw, Kathy Bates, Quinton Aaron, Lily Collins, Jae Head, Rhoda Griffis, Ray McKinnon.
Roteiro: John Lee Hancock, baseado em livro de Michael Lewis
Ano: 2009
País: EUA 
Gênero: Drama
 
Opa, e não poderia deixar de finalizar esta postagem sem estas fotinhos da família Tuohy, a família que na vida real adotou o verdadeiro Michael:





sábado, 10 de março de 2012

Os Descendentes


Como programado, esta semana fui assistir no cinema (Boulevard) Os Descendentes.
O mais marcante pra mim foi a quantidade de gente assistindo ... não sei não, mas acho que não chegavam a ter 10 pessoas no cinema. Tudo bem, era terça .. .mas gente, dia de promoção.  E pior que tem sido direto assim ... sei não ...

Bom, agora quanto ao filme .... reserve seu tempo para assistir no dvd num findezinho monótono ...  não vale uma ida ao cinema. 

Os parabéns ficam para a caracterização nas cenas da Elizabeth (Patricia Hastie), tanto a maquiagem dela, o próprio quarto, os “apetrechos”. Fiquei realmente impressionada com a qualidade dos detalhes, muito fiéis ao cenário de um quarto de uti. Até onde me lembro nunca vi um quarto tão bem caracterizado, a menos que fosse ao vivo e de verdade, claro, rs.

A deterioração física da Elizabeth ao longo do filme também é incrível. O emagrecimento, o aspecto da pele, o ressecamento dos lábios, a boca entreaberta, os dentes tão a mostra ... Cenas tão cruas, pareciam uma fotografia real do quão miserável é nosso estado físico neste mundo. Aliás, Elizabeth nos lembra o quanto a humanidade é frágil, física e espiritualmente.  Cada close do rosto dela me fazia pensar reflexamente nos ensinamentos espíritas.

Apesar das atuações bem interessantes, o filme em si não é nada surpreendente. Mas mesmo diante da sua previsibilidade, eu particularmente gosto da maneira crua como as personagens são mostradas. Tão, humano.
 Bom, do mais, eu amo o Clooney de paixão.... ver um filme dele raramente é um sofrimento rsrs .... mesmo ele não sendo um super ator, não importa,  o sorriso maroto de conquistador barato dele é o que há ... mesmo que isto tenha sido a maior parte do que sobrou dos tempos de Plantão Médico .. talvez eu que esteja ficando velha mesmo ... tô que nem aquelas senhorinhas que ficam babando pelo Antonio Fagundes .. cruzes, aquele homem acabado. Mas enfim, é até um crime tal comparação .. mas eu ainda sinto ele tão galã como antes .. na verdade, ver ele “envelhecendo no cinema” torna ele ainda mais interessante. O Clooney tem este poder, de provocar uma mescla muito doida de sentimentos. E se vc também adora ele de paixão, não pode deixar de assistir neste filme a cena do Clooney correndo de chinelos, todo desengonçado, pelas ruas da cidade.
Mas deixando os sorrisos de lado, eu tenho gostado cada vez mais dos filmes que o Clooney tem feito ... revelam bem o amadurecimento dele como ator. E acredito que ele ainda tem mais pra crescer.

Mas é isto, não há muito o que falar. 
Aliás, há sim ... confesso que sim, é bem interessante aquela fala inicial do Clooney (aquela história das dores e canceres do Hawai serem tão dores e canceres como em qualquer metrópole de concreto) .. mas eu continuo querendo morar na praia.

Diretor: Alexander Payne
Elenco: George Clooney, Judy Greer, Shailene Woodley, Matthew Lillard, Beau Bridges, Robert Forster, Rob Huebel, Michael Ontkean, Mary Birdsong, Sonya Balmores, Amara Miller
Produção: Jim Burke, Alexander Payne, Jim Taylor
Roteiro: Alexander Payne, Nat Faxon, Jim Rash, baseados na obra de Kaui Hart Hemmings
Ano: 2011
País: EUA

sexta-feira, 2 de março de 2012

Tão Forte Tão Perto



 Nesta terça foi dia de Cinema (claro, dia de desconto rsrs). Sorteada pra sala 4 do Boulevard, aquele fiasco de sempre .. com o som das bolas de boliche roubando a cena em diversos momentos.
Fomos eu, Carol e Mau. Eles, tadinhos, acho que gostariam de ter deixado o cinema com 15 min de filme. Bueno, eu que sequer ouvira falar do filme, não tinha a menor idéia sobre o que era, fui com a alma mais aberta .. aliás, fui só sabendo que era um filme com Tom Hanks ( que eu amo de paixão ) e Sandra Bullock (que eu igualmente ... odeio). Enfim, tudo poderia surgir daí.
Como estava bem receptiva, até que me deixei levar pela trama, não chegou a ser sofrido assistir, rs. Até porque aquele piazinho lá rouba a cena pra caramba. Sabe, eu só ficava pensando .. que tão ingrata pode ser a maternidade neste ponto .. que pode lhe reservar um filho insuportável, mau-educado, respondão, cheio de fricotes ... O filme tem alguns clichezinhos e tal ... tem algumas cenas bem forçadas em relação aos fricotes do garoto ... estas cenas de fricote forçado estão presentes em uma parte considerável do filme, acho que talvez seja o q tenha ajudado meus colegas de cine (e talvez muitos outros) a criar esta antipatia com o garoto e consequentemente com o filme ... Isso sem falar da imensa antipatia que se cria com o pandeiro. Mais uma forma de estereotipar o menino, queriam transformar ele num “etezinho” ou uma criança saída de uma fábula infantil. 


Mas eu acho é muito pior o papel de pai bobão que o Hanks faz ... a cena final do filme mostra um lado do pai que deveria ter prevalecido nas cenas do Hank vivo, pois as cenas iniciais embora tentem mostrá-lo como um super pai companheiro e educar, encourajador, etc e tal ... são cenas muito fracas, nitidamente tentando convencer. 
Já naquele momento final, onde o pai sequer está presente, traz um contexto em si capaz de demonstrar com naturalidade toda energia dispensada pelo pai na educação e companheirismo para com o menino. 

 Mas a atuação do molequezinho (Thomas Horn) é excelente, e a do avô dele (Max Von Sydow) melhor ainda. As cenas entre os dois foram fundamentais para fazer o filme valer ser visto. Não se perde muito não o assistindo, mas se resolver assistir .. sim, vale a pena por estas cenas. A cena da revelação final da mãe (Bulock) também é incrível, com certeza o ápice emocional do filme .. ainda assim não teria salvado o filme se analisada isoladamente. A maior parte da trama é previsível, o que dá ainda mais pontos para essa cena final da Bulock, que traz fatos e cenas inesperadas e com uma pitada (leve) de diversão.




                     A química entre os dois foi ótima.


Resumindo bem, fraco ... mas também não me fez sair correndo do cinema. Mas sabe que eu acho que se eu tivesse proposto isto, a Carol e Mau teriam adorado a idéia hehe.
Semana que vem acho que vou ver Os Descendentes. Aguardem.


 
Ficha Técnica Super Resumida
Título: Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud and Incredibly Close)
Elenco: Thomas Horn, Sandra Bullock, Tom Hanks, Max Von Sydow, Viola Davis, Zoe Caldwell, Dennis Hearn, Paul Klementowicz, Julian Tepper e John Goodman
Diretor: Stephen Daldry
Roteirista: Eric Roth e Jonathan Safran Foer
Ano: 2011
País: EUA

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O Leitor


Bueno, após assistir o Cisne Negro ontem, já estava até satisfeita e achando que qualquer filme bonzinho já seria suficiente pra tarde de domingo de hoje.
Mas havia escolhido justo qual? Pois é, já leram no título desta postagem : O Leitor.

 Primeiro tenho que dizer que o filme já ganha créditos comigo de antemão porque eu sou super fã dos dois atores, tanto do Ralph Fiennes como da Kate Winslet. Aliás, sempre achei que a Kate foi injustiçada durante muito tempo, reflexos do excesso de hollywoodismo e respingos da péssima atuação do diCaprio em Titanic. O povo só comentava acerca do “excesso de gostosura” dela, mas eu já me encantara com ela desde aquela época.
Mas agora, falando de O Leitor ..  é surpreendente, lindo. Deixa aquele gostinho de doce amargo ... como quando você come aquele doce de laranja bem azedinho sabe. Seria um conto de fadas, só faltou a magia, a vida encantada, o final feliz, o príncipe salvador, a princesa meiga ... não tem nada disso, mas ao mesmo tempo, é feito um conto de fadas ... sem as fadas. 

A tensão é uma constante. Acho que a tensão só parece mesmo começar a se esvair à beira do túmulo. Ali sinto que finalmente a válvula vai começar a se soltar. A felicidade não vai emergir deste caldeirão fumegante mas ao menos a vida pode ficar mais leve pra Michael.


Embora não tenha tido dificuldades em me solidarizar com Hanna no que concerne ao quanto ela se afunda no processo em função do analfabetismo ..  também não tive dificuldades em entender a covardia de Michael. Não concordo com nenhum, não defendo, mas sofro com os dois. É uma ânsia intensa de tentar entender como eles chegaram até aquele ponto, em especial ela.   
Aliás, tento analisar, julgar, me posicionar, ler a alma, ler o real sofrimento .. e não consigo. A cena que bem retrata o que seria fundamental para conseguir analisar e se posicionar sobre as personagens pode ser resumida com uma cena bem trivial (mas definitivamente não é, aliás, esta cena está presente no Trailer também) : é a cena onde o colega de faculdade do Michael indaga sobre a questão polêmica de fazer este julgamento, sobre o julgar em si, e Michael rebate que não se trata de julgar e sim entender. Aliás, a grande tirada pra mim é isso ... qual seria a essência para o entendimento sobre quem é realmente a Hanna do verão de Michael ? Este é pra mim o maior dilema, a maior dúvida ... aquela aspereza é intrínseca dela ? Foi desenvolvida ao longo da vida ? Foi desenvolvida nos Campos ? Mas contando apenas com esta visão parcial das vidas deles, com toda a aspereza dos personagens, não foi possível entender muito. Fomos apenas expectadores desta triste história. Talvez a filha do Michel, ouvindo tudo que ele tinha pra lhe dizer, possa um dia entender seu pai. Quanta a Hanna, jamais saberemos como ela chegou até aquele ponto e como aquilo realmente afetou ou não ela.

Ficha Técnica Super Resumida
Título: O Leitor (The Reader)
Elenco: Kate Winslet, Ralph Fiennes, David Kross, Jeanette Hain
Direção: Stephen Daldry
Gênero: Drama
Ano:  2008
País: EUA/Alemanha


Cisne Negro


Fascinante, envolvente, com uma intensidade psicológica muito forte. Acredito que uma sacada boa foi conseguir justamente fazer com que um filme com tanta profundidade psicológica não caísse no marasmo ou fosse silencioso demais. Pelo contrário, somos atraídos ao “abismo” da personagem “Nina”, que pelo contrário, tem um mundinho bem conturbado e barulhento. Um barulho sem som. Um barulho de perturbação.
Mas o que mais me impressionou foi a capacidade que o filme teve de mesclar a realidade e a paranóia da Nina, nos deixando em muitos momentos tão imersos no mundo da “Nina” que era difícil por vezes detectar logo de cara os momentos de paranóia.
E vai a dica, nada de assistir este filme só pra matar tempo. Reserve um momento específico da sua vida só para apreciar este filme, vale muito a pena.

 Mais uma dica: dêem uma lida na nota sobre o filme dada pela autora do blog “Assuntos de Psicologia”. Clique aqui para ler a postagem.


Ficha Técnica Super Resumida:
Título: Cisne Negro (Black Swan)
Direção: Darren Aronofsky
Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Barbara Hershey e Winona Ryder
Ano: 2010
País: EUA

Dia de Estréia


Estreiando este blog em uma data pra lá de especial, afinal hoje é dia de Oscar !
Mas é pura coincidência. Há muito pensava em criar um blog para comentar os filmes favoritos, que assisti, que detestei, etc e tal. Enfim, pra compartilhar um pouco da minha “vida cinematográfica” rsrsrs ...

Cinéfilos de plantão, já aviso de antemão: eu não sou uma expert em filmes, e nem assisto tudo que sai. As vezes me afasto, outras me reaproximo dos filmes. Mas a paixão está sempre lá, seja latente, seja pulsando. Também friso que em hipótese alguma tenho a intenção de explicar os filmes, fazer sinopses, ou qualquer coisa do gênero. Meu objetivo aqui é apenas compartilhar sobre o que andei assistindo, sem grandes pretensões. Comentar o que der na telha, deixar fluir o que de essência de imediato tenho a dizer sobre o filme. Portanto conhecer a história é fundamental para tentar entender os comentários deste “Blog-Diário de Filmes”. De certa forma é mais uma forma de compartilhar um pouco de mim, do que sobre um eventual conhecimento ou não sobre cinema ou sobre qualquer análise mais formal.
Então é isso ... vou começar postando sobre os dois filmes que assisti em Dvd neste fim-de-semana.
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