sábado, 10 de março de 2012

Os Descendentes


Como programado, esta semana fui assistir no cinema (Boulevard) Os Descendentes.
O mais marcante pra mim foi a quantidade de gente assistindo ... não sei não, mas acho que não chegavam a ter 10 pessoas no cinema. Tudo bem, era terça .. .mas gente, dia de promoção.  E pior que tem sido direto assim ... sei não ...

Bom, agora quanto ao filme .... reserve seu tempo para assistir no dvd num findezinho monótono ...  não vale uma ida ao cinema. 

Os parabéns ficam para a caracterização nas cenas da Elizabeth (Patricia Hastie), tanto a maquiagem dela, o próprio quarto, os “apetrechos”. Fiquei realmente impressionada com a qualidade dos detalhes, muito fiéis ao cenário de um quarto de uti. Até onde me lembro nunca vi um quarto tão bem caracterizado, a menos que fosse ao vivo e de verdade, claro, rs.

A deterioração física da Elizabeth ao longo do filme também é incrível. O emagrecimento, o aspecto da pele, o ressecamento dos lábios, a boca entreaberta, os dentes tão a mostra ... Cenas tão cruas, pareciam uma fotografia real do quão miserável é nosso estado físico neste mundo. Aliás, Elizabeth nos lembra o quanto a humanidade é frágil, física e espiritualmente.  Cada close do rosto dela me fazia pensar reflexamente nos ensinamentos espíritas.

Apesar das atuações bem interessantes, o filme em si não é nada surpreendente. Mas mesmo diante da sua previsibilidade, eu particularmente gosto da maneira crua como as personagens são mostradas. Tão, humano.
 Bom, do mais, eu amo o Clooney de paixão.... ver um filme dele raramente é um sofrimento rsrs .... mesmo ele não sendo um super ator, não importa,  o sorriso maroto de conquistador barato dele é o que há ... mesmo que isto tenha sido a maior parte do que sobrou dos tempos de Plantão Médico .. talvez eu que esteja ficando velha mesmo ... tô que nem aquelas senhorinhas que ficam babando pelo Antonio Fagundes .. cruzes, aquele homem acabado. Mas enfim, é até um crime tal comparação .. mas eu ainda sinto ele tão galã como antes .. na verdade, ver ele “envelhecendo no cinema” torna ele ainda mais interessante. O Clooney tem este poder, de provocar uma mescla muito doida de sentimentos. E se vc também adora ele de paixão, não pode deixar de assistir neste filme a cena do Clooney correndo de chinelos, todo desengonçado, pelas ruas da cidade.
Mas deixando os sorrisos de lado, eu tenho gostado cada vez mais dos filmes que o Clooney tem feito ... revelam bem o amadurecimento dele como ator. E acredito que ele ainda tem mais pra crescer.

Mas é isto, não há muito o que falar. 
Aliás, há sim ... confesso que sim, é bem interessante aquela fala inicial do Clooney (aquela história das dores e canceres do Hawai serem tão dores e canceres como em qualquer metrópole de concreto) .. mas eu continuo querendo morar na praia.

Diretor: Alexander Payne
Elenco: George Clooney, Judy Greer, Shailene Woodley, Matthew Lillard, Beau Bridges, Robert Forster, Rob Huebel, Michael Ontkean, Mary Birdsong, Sonya Balmores, Amara Miller
Produção: Jim Burke, Alexander Payne, Jim Taylor
Roteiro: Alexander Payne, Nat Faxon, Jim Rash, baseados na obra de Kaui Hart Hemmings
Ano: 2011
País: EUA

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