domingo, 18 de março de 2012

Um Sonho Possível


Locação bem acertada.
Não consigo começar esta postagem sem comentar antes: Eu nunca iria imaginar que as palavras oscar, melhor atriz, Bullock, pudessem estar todas juntas na mesma frase algum dia ... mas tive que me render, pois Sandra Bullock teve uma atuação excelente neste filme. Claro que eu não posso simplesmente ignorar minha implicância com ela e deixar de mencionar que o fato dos “trejeitos faciais” tão presentes na atriz casaram perfeitamente na personalidade da Leigh Anne, a personagem que ela interpreta no filme.
Mas e quanto ao filme, vale a pena ser visto ? sim, sim, sim. O filme é emocionante. Eu adoro estas “fábulas da vida real”. De certa forma, na verdade muitas formas, Leigh Anne faz com que eu me sinta um mísero grãozinho de areia, uma pessoa tão ... pequena. Uma história absolutamente linda. As fotos do verdadeiro Michel Oher no final do filme fecham com chave de ouro. Inspirador. Você não precisa necessariamente salvar uma pessoa, ou mesmo fazer algo tão grande quanto Leigh Anne fez. Devemos lembrar disso, do quanto fazer o bem traz um retorno gigantesco para todos ligados ao ato. Inspirador em relação a fazer o bem acima de tudo.

Sugiro que assista, reflita, seja sincero consigo mesmo. Você seria capaz de fazer isto ? Seria capaz de se despir dos preconceitos, e levar um “gigante de 17 anos” para dormir no seu sofá ? Seria mesmo capaz de lutar por ele ? Querer tanto o bem dele simplesmente porque é o certo a fazer ?
Mas quantos Michels existem na nossa vista, no nosso bairro, na nossa cidade ? O que você poderia fazer por um deles ?  Nem todos precisam de tanto quanto Michael Oher (Quinton Aaron) precisava. Talvez um brinquedo, uma mochila, uma oportunidade, talvez apenas um incentivo, orientação, rir, ser ouvido, ajuda nos estudos, sentirem que alguém se importa ... o que mais ? Você só vai saber, se olhar/ouvir esta pessoa.

Oras, pode não ser o melhor filme do mundo. Mas sabe, estes filmes, que tem esta imensa capacidade de nos fazer refletir sobre o ser humano, nossas atitudes, o certo ou errado ... são filmes que pra mim merecem um lugar especial na nossa lista de filmes que merecem ser vistos e recomendados.
Veja. Recomende para outros. Reflita. Recomende que reflitem. Dissemine o amor.

Ficha Técnica Resumida:

Título Original: The Blind Side
Diretor: John Lee Hancock
Elenco: Sandra Bullock, Tim McGraw, Kathy Bates, Quinton Aaron, Lily Collins, Jae Head, Rhoda Griffis, Ray McKinnon.
Roteiro: John Lee Hancock, baseado em livro de Michael Lewis
Ano: 2009
País: EUA 
Gênero: Drama
 
Opa, e não poderia deixar de finalizar esta postagem sem estas fotinhos da família Tuohy, a família que na vida real adotou o verdadeiro Michael:





sábado, 10 de março de 2012

Os Descendentes


Como programado, esta semana fui assistir no cinema (Boulevard) Os Descendentes.
O mais marcante pra mim foi a quantidade de gente assistindo ... não sei não, mas acho que não chegavam a ter 10 pessoas no cinema. Tudo bem, era terça .. .mas gente, dia de promoção.  E pior que tem sido direto assim ... sei não ...

Bom, agora quanto ao filme .... reserve seu tempo para assistir no dvd num findezinho monótono ...  não vale uma ida ao cinema. 

Os parabéns ficam para a caracterização nas cenas da Elizabeth (Patricia Hastie), tanto a maquiagem dela, o próprio quarto, os “apetrechos”. Fiquei realmente impressionada com a qualidade dos detalhes, muito fiéis ao cenário de um quarto de uti. Até onde me lembro nunca vi um quarto tão bem caracterizado, a menos que fosse ao vivo e de verdade, claro, rs.

A deterioração física da Elizabeth ao longo do filme também é incrível. O emagrecimento, o aspecto da pele, o ressecamento dos lábios, a boca entreaberta, os dentes tão a mostra ... Cenas tão cruas, pareciam uma fotografia real do quão miserável é nosso estado físico neste mundo. Aliás, Elizabeth nos lembra o quanto a humanidade é frágil, física e espiritualmente.  Cada close do rosto dela me fazia pensar reflexamente nos ensinamentos espíritas.

Apesar das atuações bem interessantes, o filme em si não é nada surpreendente. Mas mesmo diante da sua previsibilidade, eu particularmente gosto da maneira crua como as personagens são mostradas. Tão, humano.
 Bom, do mais, eu amo o Clooney de paixão.... ver um filme dele raramente é um sofrimento rsrs .... mesmo ele não sendo um super ator, não importa,  o sorriso maroto de conquistador barato dele é o que há ... mesmo que isto tenha sido a maior parte do que sobrou dos tempos de Plantão Médico .. talvez eu que esteja ficando velha mesmo ... tô que nem aquelas senhorinhas que ficam babando pelo Antonio Fagundes .. cruzes, aquele homem acabado. Mas enfim, é até um crime tal comparação .. mas eu ainda sinto ele tão galã como antes .. na verdade, ver ele “envelhecendo no cinema” torna ele ainda mais interessante. O Clooney tem este poder, de provocar uma mescla muito doida de sentimentos. E se vc também adora ele de paixão, não pode deixar de assistir neste filme a cena do Clooney correndo de chinelos, todo desengonçado, pelas ruas da cidade.
Mas deixando os sorrisos de lado, eu tenho gostado cada vez mais dos filmes que o Clooney tem feito ... revelam bem o amadurecimento dele como ator. E acredito que ele ainda tem mais pra crescer.

Mas é isto, não há muito o que falar. 
Aliás, há sim ... confesso que sim, é bem interessante aquela fala inicial do Clooney (aquela história das dores e canceres do Hawai serem tão dores e canceres como em qualquer metrópole de concreto) .. mas eu continuo querendo morar na praia.

Diretor: Alexander Payne
Elenco: George Clooney, Judy Greer, Shailene Woodley, Matthew Lillard, Beau Bridges, Robert Forster, Rob Huebel, Michael Ontkean, Mary Birdsong, Sonya Balmores, Amara Miller
Produção: Jim Burke, Alexander Payne, Jim Taylor
Roteiro: Alexander Payne, Nat Faxon, Jim Rash, baseados na obra de Kaui Hart Hemmings
Ano: 2011
País: EUA

sexta-feira, 2 de março de 2012

Tão Forte Tão Perto



 Nesta terça foi dia de Cinema (claro, dia de desconto rsrs). Sorteada pra sala 4 do Boulevard, aquele fiasco de sempre .. com o som das bolas de boliche roubando a cena em diversos momentos.
Fomos eu, Carol e Mau. Eles, tadinhos, acho que gostariam de ter deixado o cinema com 15 min de filme. Bueno, eu que sequer ouvira falar do filme, não tinha a menor idéia sobre o que era, fui com a alma mais aberta .. aliás, fui só sabendo que era um filme com Tom Hanks ( que eu amo de paixão ) e Sandra Bullock (que eu igualmente ... odeio). Enfim, tudo poderia surgir daí.
Como estava bem receptiva, até que me deixei levar pela trama, não chegou a ser sofrido assistir, rs. Até porque aquele piazinho lá rouba a cena pra caramba. Sabe, eu só ficava pensando .. que tão ingrata pode ser a maternidade neste ponto .. que pode lhe reservar um filho insuportável, mau-educado, respondão, cheio de fricotes ... O filme tem alguns clichezinhos e tal ... tem algumas cenas bem forçadas em relação aos fricotes do garoto ... estas cenas de fricote forçado estão presentes em uma parte considerável do filme, acho que talvez seja o q tenha ajudado meus colegas de cine (e talvez muitos outros) a criar esta antipatia com o garoto e consequentemente com o filme ... Isso sem falar da imensa antipatia que se cria com o pandeiro. Mais uma forma de estereotipar o menino, queriam transformar ele num “etezinho” ou uma criança saída de uma fábula infantil. 


Mas eu acho é muito pior o papel de pai bobão que o Hanks faz ... a cena final do filme mostra um lado do pai que deveria ter prevalecido nas cenas do Hank vivo, pois as cenas iniciais embora tentem mostrá-lo como um super pai companheiro e educar, encourajador, etc e tal ... são cenas muito fracas, nitidamente tentando convencer. 
Já naquele momento final, onde o pai sequer está presente, traz um contexto em si capaz de demonstrar com naturalidade toda energia dispensada pelo pai na educação e companheirismo para com o menino. 

 Mas a atuação do molequezinho (Thomas Horn) é excelente, e a do avô dele (Max Von Sydow) melhor ainda. As cenas entre os dois foram fundamentais para fazer o filme valer ser visto. Não se perde muito não o assistindo, mas se resolver assistir .. sim, vale a pena por estas cenas. A cena da revelação final da mãe (Bulock) também é incrível, com certeza o ápice emocional do filme .. ainda assim não teria salvado o filme se analisada isoladamente. A maior parte da trama é previsível, o que dá ainda mais pontos para essa cena final da Bulock, que traz fatos e cenas inesperadas e com uma pitada (leve) de diversão.




                     A química entre os dois foi ótima.


Resumindo bem, fraco ... mas também não me fez sair correndo do cinema. Mas sabe que eu acho que se eu tivesse proposto isto, a Carol e Mau teriam adorado a idéia hehe.
Semana que vem acho que vou ver Os Descendentes. Aguardem.


 
Ficha Técnica Super Resumida
Título: Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud and Incredibly Close)
Elenco: Thomas Horn, Sandra Bullock, Tom Hanks, Max Von Sydow, Viola Davis, Zoe Caldwell, Dennis Hearn, Paul Klementowicz, Julian Tepper e John Goodman
Diretor: Stephen Daldry
Roteirista: Eric Roth e Jonathan Safran Foer
Ano: 2011
País: EUA
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