terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A Menina que roubava Livros

Estava super ansiosa para assistir ao filme, visto que o livro é absolutamente maravilhoso ! A história é bem fiel ao livro, com um pequeno ajuste ou mudança aqui ou ali, sem grandes repercussões sobre o enredo original.

Pra quem não conhece a história, vou resumir da forma mais sucinta que conseguir:
Leslie é uma garotinha que perde o irmão logo no início do filme. Neste momento de dor, é que a Morte toma conhecimento da existência da garota, e fica tão intrigada com ela, que resolve contar sua história. Sendo assim, tanto livro como filme são narrados pela Morte. Pois bem, morto o irmão, Leslie em seguida abadonada pela mãe, para viver com uma nova família totalmente desconhecida. O cenário é a Alemanha nazista e a época da Segunda Guerra Mundial. Em uma época de guerra e miséria, pobreza e fome, Leslie passa a se encontrar nesse novo lar, fazendo novos amigos, tecendo aos poucos o amor pela nova família e acima de tudo descobrindo o amor pela leitura. Ela passa a descobrir que sua família, aparentemente leal ao Führer, no fundo é composta de pessoas absolutamente do bem, capazes de grandes gestos de humanidade.

E vale a pena ou não assistir ao filme A Menina que Roubava livros ?

Eu diria que pra quem não leu, e principalmente não pretende ler, vale muitissimo a pena.

Já pra quem leu, vale a pena sim mas não é nenhuma grande obra. Se não ver, também não perdeu muito. Mas se ver, ok, serão duas horinhas interessantes.

Já é batida a frase, de que o livro é sempre melhor que o filme. Mas aqui vou dizer o que faz do livro tão especial e no que o filme peca :

A diferença entre o filme e o livro, é que no filme você assiste a uma garota com uma grande história ... já no livro, você lê uma grande história sobre uma grande garota. Aliás, não apenas ela ... outros personagens têm sua importância reduzidas e não se pode captar o intenso lado emocional delas, tão importantes para a trama.

Enquanto no filme, a impressão que dá, é que a garota passa por acontecimentos marcantes e incríveis, no livro fica mais claro que ela não é apenas uma espectadora passiva dos acontecimentos. Ela tem fibra e sua personalidade e caráter acabam interferindo na relação de Leslie com o mundo e diante dos acontecimentos pelas quais passa.

A mãe de Leslie é uma mulher cuja grandiosidade fica mais intuída do que realmente exposta. A mulher do prefeito também traz uma carga emocional importante pra história, e que tem correlação direta com o final do livro (e do filme) e isso não é mostrado. Já a Morte, ela narra de leve apenas a história. Sua sensibilidade não passa nem perto do filme.

Acho que 20 minutos a mais de filme poderiam ter acrescentado muita coisa. Não seria necessário introduzir novas cenas, mas melhorar o emocional de passagens expostas. O livro é denso e emocional. O filme peca na carga emocional, exatamente porque não explora melhor os sentimentos e sofrimentos das personagens.

As cenas são bonitas, as atuações incríveis e os cenários corresponderam em muito com o que imaginei. Ou seja, não existem exageros. 

Adorei a escolha da atriz principal, ela por si só transmite uma doçura, que já eram esperados por parte da personagem:





No filme, Rudy é um garoto mais magricelinho e simpático do que eu imaginei:




O pai de Leslie foi uma excelente escolha. Só naquelas piscadelas que ele dá pra ela, traduz pra mim muito de quem foi ele pra Leslie:







Tão acertada quanto a escolha do pai, foi a escolha da atriz pra interpretar a nova mãe de Leslie. Absolutamente fantástica no papel:




Fico imaginando como teria sido, se ela tivesse tido a chance de atuar explorando toda a carga emocional que a mãe carrega. Uma pena. 

Max parece secundário demais no filme. Sua relação estreita com Leslie foi narrada, mas não foi devidamente retratada. No filme, ler pra ele, parece estreitar a relação de ambos. No entanto, no livro, nas cenas em que Leslie começa a ler pra ele, a relação de cumplicidade deles já é bem fundamentada.




Uma das cenas que me surpreendeu em especial, foi a cena do aniversário do Führer. Minha montagem mental da cena foi bem mais fantasiosa, em especial em relação a cena da fogueira e do evento em si. Também o que eu imaginei sobre as bandeiras nas casas. Adorei a construção do cenário e da cena, bem mais crível e factível daquilo que eu tinha imaginado do livro:



A fotografia é bonita. O filme é bacana. Como eu disse, vale a pena ver. Não acho fundamental ver no cinema. Mas pra quem leu o livro, não trata-se exatamente de uma obra imperdível. Apenas, ok, vale as horinhas de distração. Pecou pela falta de aprofundamento em algumas cenas e não desenvolvimento de alguns personagens. 



Ficha Técnica:
Título original: The Book Thief
Diretor: Brian Percival
Elenco: Geoffrey Rush; Emily Watson; Sophie Nélisse; Ben Schnetzer; Nico Liersch; Heike Makatsch; Gotthard Lange; Carina N. Wiese 
Roteiro: Michael Petroni
Autor da obra original: Markus Zusak
Produção: Fox 2000 Pictures
Gênero: drama
Ano: 2013
País: Estados Unidos

TRAILER:



Um comentário:

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